segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Dor orientada

Aquece a dor
Refrigera a dor
Liberta a dor

Daí repete o procedimento, alternando a ordem para desordenar a dor

Refrigera a dor
Aquece a dor
Liberta a dor

Frio escaldante
Aquecimento global
Tudo fora do lugar

Da origem ao destino
Sem pé nem cabeça
Sem eira nem beira
Sem que nem porque


A poesia quando solta, depois de muito trancafiada, fica assim...desorientada...

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Sensatez


Faço teatro para expressar a minha dor, minha angústia, meu silêncio

Faço teatro para expressar o que ainda balbucia em mim, o que ainda se ancora, sobrevive

Faço teatro para alcançar o inexplicável, no amor ou no ódio, o que não tem nome, o que não se diz

Por falta de coragem, por pura covardia travestida de inconsciência

Faço teatro pra me desafogar, para te provocar com a minha catarse, com a minha desordem orgânica

Faço teatro para sobreviver ao mal, ao caos instalado em mim que só você consegue me mostrar.