quinta-feira, 5 de maio de 2011

Cores, carnes e sonhos


Mágica se faz na poesia, no papel em que escrevo
E que mudo à minha maneira
Com estes símbolos que não são todos que compreendem e menos ainda são os que os absorvem
Com os olhos, aqueles da alma, os das profundezas do inferno e do paraíso que somos

E é do magnificente conflito que vivo e que vos falo com tristeza e alegria
Comunicando minha morte e ressurreição
Daquelas cinzas, daqueles tempos de Avalon

Sempre brava, sigo temendo o que me aguarda de pronto
E estática e impávida posso ficar estagnada séculos sem um só passo arriscar
E salva, sem nada a perder

O conflito dos guerreiros que sorriem nas horas das piores batalhas
Quando choram prévia e posteriormente por tudo o que perderam e deixaram de ganhar

Dos tempos antigos dos cavalos e tronos
Vem o suave peso da memória que teima em sobreviver na minha mente e conduz meu corpo aos locais indesejáveis do passado, que já tomou forma no hoje
Antes que eu pudesse ler o script

Amando mais que odiando, não importa
Cumpro o papel da donzela mal amada e adorada por todos desta Côrte de Babel
E acreditem, se quiserem
Sou uma
Uma infinita mistura de cores, carnes e sonhos

1997