segunda-feira, 25 de abril de 2011

Revolta amorosa

O que pensar quando a velocidade do pensamento me impede de planejar?
O que fazer quando sei que não há nada a ser feito, apenas revelado?
Como agir quando o outro lhe invade a alma e lhe impõe o sofrimento aparentemente opcional?

Não admito essa rotina de expectativas e frustrações
Não posso me submeter a essa mediocridade sentimentalista que até hoje nunca levou ninguém a lugar nenhum
Me recuso a aceitar que esse é o natural e que não há nada a ser feito

Como pode um ser, mal conhecido, tirar minha paz de espírito, sem razão explícita, sem ação direta?
Como posso ser tão ridiculamente vulnerável, imprestável e pequena?
Como acreditar, aceitar que é assim que as coisas funcionam?
Que coisas?
Quem apertou o maldito botão?

Só o pequeno-grande ego tem essas respostas e saberá explicar como é capaz de se iludir com o irreal, o que nunca existiu, o que jamais houve
Só mesmo a sua insegurança de saber-se não ser, pode dar alguma explicação para esse ballet das trevas...

Goiânia, 30/1/2010